quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Castelos de Areia




E mesmo que meus pensamentos tentem voltar à você.
Eu não quero permiti-los a fazer isso. 
Não quero que mais uma vez se iludam.

E não quero que minhas mãos construam outro castelo de areia. 
Instável e volúvel. 
Que a qualquer momento pode desmoronar; 

Foi assim no início. 
Pouco a pouco, criou-se uma forma.
E pouco a pouco, cresceu, dentro de mim, mas cresceu. 

Como uma criança que brinca construindo castelos de areia às margens do mar.
Assim brinquei com meus sentimentos, construindo-os em vez de senti-los.
E como uma criança chora quando seu castelo é destruído.
Assim minhas lágrimas escorreram, ao ver cada sentimento caindo e se destruindo.

Posso afirmar que eu sou criança. Instável. Ingênuo.  Infantil.
Esse é meu modo de vida, e meu jeito de ser.

E como uma criança que chora ao ver seu castelo cair.
Levanta e limpa os joelhos sujos de areia. 
Anda um pouco mais, senta-se e põe-se a construir um novo castelo.
Numa repetição constante, até quando seu tempo ali acabar. 

Eu vivo assim à construir castelos. 
Uns duram mais, outros menos.
Mas todos caem. Um dia caem.

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