E mesmo que meus pensamentos tentem voltar à você.
Eu não quero permiti-los a fazer isso.
Não quero que mais uma vez se iludam.
E não quero que minhas mãos construam outro castelo de areia.
Instável e volúvel.
Que a qualquer momento pode desmoronar;
Foi assim no início.
Pouco a pouco, criou-se uma forma.
E pouco a pouco, cresceu, dentro de mim, mas cresceu.
Como uma criança que brinca construindo castelos de areia às margens do mar.
Assim brinquei com meus sentimentos, construindo-os em vez de senti-los.
E como uma criança chora quando seu castelo é destruído.
Assim minhas lágrimas escorreram, ao ver cada sentimento caindo e se destruindo.
Posso afirmar que eu sou criança. Instável. Ingênuo. Infantil.
Esse é meu modo de vida, e meu jeito de ser.
E como uma criança que chora ao ver seu castelo cair.
Levanta e limpa os joelhos sujos de areia.
Anda um pouco mais, senta-se e põe-se a construir um novo castelo.
Numa repetição constante, até quando seu tempo ali acabar.
Eu vivo assim à construir castelos.
Uns duram mais, outros menos.
Mas todos caem. Um dia caem.
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