terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Tempo



Devaneios de meia idade aos vinte e dois
Tempo
não tenho direito de pedir-te
óh, tempo
meio café tomado, e um arrependimento do meu eu
na contradição de não arrepender de mim

Tempo
deixe no Cais de mim mais uma vez
Tempo
dono do que há
do que será

Deixe na casa dos meus fantasmas
e esqueça lá
Tempo

Permita percorrer o não controle
E tirar o que chamaria de obstáculos  
Tempo
que se não existir 
medirá

Tempo
que levou tudo
e agora nos dá tudo
de ser, mais uma vez renascer
morrer
tempo