segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sonhos Falsos



E me desculpe se desisti.
Não foi por incapacidade.
Muito menos por falta de vontade.
Nem ainda, por decisão.
Simplesmente fui forçado a isso.
E se, dependesse de mim, eu não desistiria.
E quem te disse que eu não tentei?

Eu tentei não ser obrigado a desistir.
Esforcei-me ao máximo para que meus sentimentos prevalecessem.

Mas como um jardim morre, se o seu “protetor” não cuidá-lo.
Assim, aconteceu com meus sentimentos.
Não houve cuidado, não houve a água da esperança.
E pouco a pouco os lírios do amor.
O verde da provável eternidade.
As folhas apaziguantes.
As rosas da paixão.
Todos morreram, ressecaram-se.  

E no lugar daquele espetáculo de sentimentos.
Nasceram os desencantos da vida.
Os espinhos da dor.
E as folhas secas ao vento, à morte.
Numa morte não física, mas espiritual.

O jardim se fora.
Dando lugar à um pequeno mundo.
Desiludido, ferido, desamado.
Um mundo cercado por uma espeça camada de rocha.
Impenetrável.

Uma camada de rocha, que envolve às dores do antigo jardim.
Não deixando que elas venham a tona mais uma vez.
Uma camada de rocha que impediu minhas lágrimas de saírem.

E que tudo se fora, eu sei.
Meu mundo, meu coração... Tornou-se uma fortaleza impenetrável.
E que tudo mude, um dia, eu primeiro terei de sofrer.
Pois, terei de limpar todos os espinhos guardados por esse muro.
Para assim, permitir, que outro protetor, torne à povoar meu jardim.
E dessa vez, com outras flores. Com outros ares.
Afinal esse jardim pode voltar a morrer, e os muros ressurgirem.
Mas nunca me esquecerei de quem plantou cada semente.
E de quem regou, dando vida à essas sementes-sentimentos.
Bem, e mesmo que o muro retorne.

Esquecer, não. Esquecer, eu não vou.

Lugares Vazios


E todos foram embora, deixando-me só.
Os espaços outrora preenchidos, agora encontram-se vazios.
E não há mais calor, somente o ar gélido a me envolver.
E o som dos batimentos do meu coração.

E vocês, julgados especiais. Que preenchiam esses espaços.
Onde estão?
Provavelmente envoltos nos próprios dilemas.
Circulados por momentos e ações das quais não estou incluso.

E quando será que essas nuvens negras se dissiparão?
Eu de fato não sei.
E tantos dias eu perdi, tantas noites, tentando entender o porque...

Enfim, por mais que eu espere que tudo passe.
Alguém, os mesmos ou não, têm de preencher esse vazio em mim.
E irei atrás? Ou esperarei que venha?
Melhor deixar nas mãos do destino.

sábado, 15 de outubro de 2011

Amar, Sofrer, Crescer.





Já quis voltar ao passado. 
Voltar a  ser o que fui, retornar as origens e recomeçar. 


Nunca cresci tanto, como tenho crescido nos últimos tempos. 
Nunca sofri tanto, como tenho sofrido nos últimos tempos. 
Nunca amei tanto, como te amei nos últimos tempos. 




Acho que afinal tudo está ligado e correlacionado. 
Amar, Sofrer, Crescer... 
Mas tenho consciência, de que tudo que fiz foi decisão minha. 




Agora, eu não vou sofrer mais uma vez... 




Porque me coração não pode quebrar! 
Se ele ainda não está inteiro para começar.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Gostar é para os fracos



Gostar é para os fracos. 
Que apenas olham e se atraem. 

Admirar é para os ingênuos. 
Que pairam sobre o exterior e interessam-se. 

Atrair-se é para os indiferentes.
Que preferem momentos, à histórias.

Desejar é para os que se atraem sem indiferença.
E a todo o tempo preferem o prazer do que a felicidade.

Se apaixonar é para os fortes.
Pois estes sabem que irão sofrer.

Sofrer é para quem gosta, admira, se atrai, deseja. Apaixona-se. 

Amar, é para aqueles que conseguem dar a vida em troca de um amor.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Apenas um momento


Quer namorar comigo? / Ainda penso na sua pergunta. 


Minha cara de espanto, e minhas palavras logo após à expressão.


Não posso. / Duvido se fiz o certo. Não foi à resposta certa.


O tempo passou, pensei, repensei. E te olhei novamente nos olhos.

Ainda quer namorar comigo? / Pergunta errada, eu não tinha certeza.

É o que eu mais quero, desde que te vi. / Resposta certa, para você.


Nos olhamos, admirando um ao outro. E mais uma vez nos beijamos.
Por mais que meu coração quisesse se entregar, não conseguia.
Uma promessa, tinha de ser cumprida, eu já havia falado, e não voltaria atrás;
A outra eu disse: "Nunca mais vou me entregar"

E por mais que meus pensamentos e meu coração insistisse, não poderia fazer isso. 
Foi aí que tive de fazer o mais difícil de tudo...

Preciso conversar com você... / Incrível, como por ser olhar, já senti que sabia o que iria dizer.

Diga... / Secamente, sem me olhar nos olhos. Você já sabia, eu sei que sabia. 

Nós temos que terminar...  / Segurou em meus ombros encarando-me, e falou a frase mais imprevisível e cômica que eu poderia esperar.

Agora, então, nós somos amigos. E prováveis ficantes.  / Você é mais do que eu pensava ser, muito mais. 

Adeus? Não, somente um curto, tchau. 
Me arrependi? Não sei. Mas creio que eu ainda contemplarei o final.
Previsível para mim, decidido pra você, anunciado pelo destino.

sábado, 1 de outubro de 2011

Desisti de você.



Venha até mim, e seja novamente o que era.

Seja a minha essência novamente.

Mesmo que nada seja como era.

Deixe que eu te complete.



Deixe que eu seja o que você precisa.

E que te torne seu, como eu sou seu.



Mas sei que nada que eu desejo será;

E que nada que eu peça a você, se concretizará.

Você pode ser tudo e nada para mim.

Mas com certeza, sim com certeza.

Eu prefiro que nada seja, que nada valha, que nada me importe.

Não de novo, não mais uma vez.



Por isso, adeus, eu tenho que ir agora.